Já se tornou uma cena comum: você anda na rua e se depara não com uma, mas com inúmeras pessoas com o celular na mão, olhando fixamente para a tela e interagindo pela ponta dos dedos. Se identificou? Não é para menos. Afinal, o Brasil, que tem a sexta maior população do mundo, contabilizou 230 milhões de celulares conectados no ano de 2019, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Isso representa mais de um smartphone ativo por habitante!
Os motivos para esse cenário são simples de se observar. Quase metade dos brasileiros, 47%, têm smartphones há mais de 5 anos. E nos últimos tempos, a oferta de serviços online, por meio de sites e aplicativos, disparou e caiu de vez no gosto da população. Para além das redes sociais e dos apps de conversa, responsáveis por boa parte do tempo investido pelas pessoas nas telas e até para manter contato com amigos, familiares ou apenas conhecidos, as possibilidades tornaram-se infinitas. Transporte, mercado, banco, restaurantes, serviços domésticos, de imobiliária, farmácias, cursos, lojas diversas e até serviços públicos como emissão de documentos podem ser feitos pelo celular ou computador.
Essa revolução digital representa uma importante mudança na maneira como as pessoas se relacionam, como consomem, e ainda na forma como criam vínculos com prestadores de serviços. Se com apenas alguns toques você pode chamar um carro para te levar a determinado destino, a comodidade torna-se um hábito, e quem não gosta de conforto, não é mesmo? Os serviços automatizados e estruturados a partir de etapas simples e intuitivas ampliaram o alcance das plataformas digitais, afastando das pessoas o receio de não saber manusear determinado aplicativo ou fazer uma solicitação errada. Em última instância, a tecnologia serve para isso: facilitar a rotina e aproximar pessoas.
Uma pandemia digital
Desde 2020, com o início da pandemia de Covid-19, a presença digital das pessoas explodiu ainda mais. Com a necessidade de distanciamento, os aplicativos tornaram-se a base para garantir que diversas relações pudessem se manter, tanto pessoais quanto profissionais e até médicas.
No segundo trimestre do ano passado, o tempo investido mensalmente em aplicativos móveis cresceu 40% comparado com o ano anterior, superando 200 bilhões de horas. Segundo dados da App Annie, atualmente o usuário médio gasta individualmente 4 horas e 20 minutos do seu dia em smartphones. As razões para isso se relacionam à necessidade de se manter conectado: quanto mais estamos distantes fisicamente das pessoas, mais sentimos necessidade de encontrar novas formas de contato e aproximação – nem que seja por meio das telas.
Tecnologia sem idade
Mais do que se popularizar, as tecnologias romperam barreiras etárias. Usar o celular e o computador para interagir com aplicativos diversos não é mais uma exclusividade da população jovem. Conforme a pesquisa Painel TIC Covid-19, feita pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 89% dos usuários de internet acima de 60 anos conversaram por chamada de voz ou de vídeo durante a pandemia. Além disso, outros 84% usaram redes sociais.
E esse público não se limita mais ao lazer para usar a internet: 77% dessas pessoas idosas fizeram consultas, pagamentos e outras transações financeiras de forma online. Em 2019, esse número era de 40%, e só tende a crescer daqui para frente.
Manutenção das relações
Tamanho anseio pela conversa e pelo contato com pessoas queridas justifica os dados levantados pelo relatório Global App Trends de 2019, portanto anteriores à pandemia, mas já bastante significativos. O estudo apontou que 88% dos internautas brasileiros que possuem um smartphone já fizeram ao menos uma videochamada com o celular. Ao mesmo tempo, 52% dessas pessoas afirmaram que esse hábito aumentou durante o período de quarentena.
É a constatação de que, graças à internet, pudemos dar andamento a diversos aspectos da vida e reduzir a distância entre nossos iguais mesmo diante da necessidade de ficar em casa. E é também a coroação dessa importante ferramenta, que por mais presente que já fosse na vida da maioria da população, mostrou-se fundamental para manter vínculos, relações e até mesmo resgatar a motivação e esperança por dias melhores.
E para cuidar da saúde?
Assim como as tantas esferas da vida que precisam de suporte e de serviços descomplicados e apoiados na tecnologia para facilitar as relações humanas, a saúde também precisa estar ao alcance de todos nas mais diversas situações. Para ampliar esse acesso, democratizar os serviços relativos ao autocuidado e proporcionar saúde mental e bem-estar a um número cada vez maior de pessoas, as tecnologias são nossas aliadas. Então por que não aproveitar essa oportunidade para cuidar melhor de si?
A psicoterapia é mais um serviço apto a participar dessa revolução digital e ser oferecida com base no ambiente online. E é esse o objetivo da Clinicar: oferecer a você uma opção de fácil acesso, uso e compreensão, mas com toda a segurança e respaldo técnico que esse serviço demanda. Com a plataforma, você pode realizar uma consulta com psicoterapeuta no conforto da sua casa, através do computador ou celular, da forma que lhe for mais conveniente. Não faltam motivos para começar a cuidar da sua mente!
Vamos juntos?
Referências:
WOLF, Giovana. Uso de apps e serviços digitais por idosos é impulsionado na pandemia. Terra. Disponível em: https://www.terra.com.br/
BUTCHER, Isabel. Pandemia aumenta em 40% o tempo que usuários passam em smartphones, aponta App Annie. Mobile Time. Disponível em: https://www.mobiletime.
D’ANGELO, Pedro. Mercado de apps no Brasil: pesquisa sobre consumo e uso de aplicativos. Opinion Box. Disponível em: https://blog.opinionbox.
SHIMABUKURO, Igor. Entenda o que faz o mercado brasileiro de aplicativos estar em alta. Olhar digital. Disponível em: https://olhardigital.com.
Responsável Técnico
Psicólogo Iarsan Ardeola Salah – CRP 07/32313 – Cadastrado no E-psi
Psicólogo pela PUC/RS
Psicólogo clínico Especialista em Terapias Cognitivo-Comportamentais