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E afinal, a psicoterapia pode ser para mim? 
Paula Di Leone - Jornalista | Angela Cauduro de Castro - Psicóloga Técnica Responsável pela Clinicar.

A psicoterapia é essencialmente um processo colaborativo. Em conjunto, psicólogo e paciente embarcam na busca por compreender o funcionamento da mente do paciente a fim de promover seu autoconhecimento, saúde e bem-estar. Desenvolvida por profissionais devidamente embasados teoricamente, treinados na “escuta da comunicação” (verbal ou não) e munidos de diferentes técnicas de condução da consulta, o tratamento acontece em um ambiente de confiança: o sigilo das informações é garantido, contemplando o código de ética do psicólogo e fazendo com que o paciente se sinta confortável para expor seus dilemas e angústias a alguém até então desconhecido. Assim, terapeuta e paciente trabalham juntos com a intenção de reduzir o sofrimento mental.

Quem precisa de terapia?

O mesmo cuidado que destinamos à nossa saúde física também deve voltar-se para a saúde da mente. Fazer psicoterapia possibilita destinar algumas horas semanais para refletir sobre a forma como percebemos e reagimos aos acontecimentos do dia a dia, e como conduzimos relações afetivas, de família ou no trabalho. A psicoterapia permite “pensar em si mesmo, mas acompanhado”, entrando em contato com ideias até então impensadas ou pouco compreendidas e sentimentos que deixamos de lado mas que acabam atrapalhando a rotina. Por isso, não é preciso estar à beira de grande carga emocional para buscar por esse serviço. Mas a terapia é, sem dúvida, fundamental para pessoas que sofrem de angústia, sentimentos de vazio, depressão, dificuldades de relacionamento interpessoal, transtorno de ansiedade, luto, compulsões, somatizaçōes ou mesmo para quem busca o autoconhecimento para lidar melhor com qualquer questão. Todos podem procurar um psicoterapeuta, independente da linha teórica trabalhada. Seu objetivo central será sempre entender o indivíduo e o que se passa com ele, visando encontrar meios de intervir para que o paciente alcance o equilíbrio emocional.

Os benefícios alcançados são inúmeros: a expansão da maturidade emocional, a capacidade de lidar com adversidades de forma equilibrada e aprender com elas, além de desenvolver empatia, autonomia e resiliência.

Possíveis abordagens de psicoterapia

Há diversas abordagens dentro do universo da psicoterapia. Sua escolha é totalmente individual e depende tanto do motivo pelo qual se busca o tratamento, quanto das expectativas, momento de vida e jeito de ser de cada pessoa. A Clinicar Psicologia oferece três dessas possibilidades de tratamento: a Terapia Sistêmica, a Terapia de Orientação Analítica e a Terapia Cognitivo-comportamental. Continue lendo para entender um pouco mais sobre cada uma delas.

Terapia Sistêmica

O pensamento sistêmico entende que todo comportamento ou ideia derivam de um contexto prévio, e por isso é preciso reconhecer um sujeito dentro dele para compreender a natureza das suas relações. Esse raciocínio vê o mundo como uma grande rede de relações, nas quais um indivíduo interfere diretamente no seu próximo e vice-versa. Sendo assim, o objetivo dessa vertente terapêutica é compreender o paciente a partir dos diferentes contextos aos quais ele está inserido simultaneamente, que são chamados de sistemas. Esses sistemas apresentam configurações variáveis, amplas e diversas, e dependem diretamente da forma como esse indivíduo interage com eles. Os mais comuns são, por exemplo, a família, o trabalho, a escola, a cidade, a rede de relacionamentos interpessoais e assim por diante. O objetivo do psicólogo nesse caso é exercer um papel de mediador ativo e incentivar que o paciente desenvolva autonomia diante dessas interações com os meios.

Terapia de Orientação Analítica

Esta abordagem de psicoterapia foi desenvolvida a partir da teoria psicanalítica, e seu método consiste em tornar consciente o significado inconsciente de palavras, ações, angústias e produções imaginárias, como os sonhos. Assim, o psicoterapeuta, por meio da habilidade de atenção flutuante, escuta a fala livre do paciente rumo a descobertas individuais da esfera do inconsciente, auxiliando-o a trazer essas questões à superfície para compreendê-las melhor.

Nessa linha terapêutica, a história de vida do paciente (como as fases da infância, por exemplo) são consideradas centrais para a compreensão do seu jeito de ser no momento presente. As experiências são percebidas como cumulativas e com chances de se repetirem em diferentes contextos ao longo da vida, caso não sejam elaboradas. Dessa forma, o psicoterapeuta conduz o paciente a dar um significado ou novos significados à maneira como ele percebe e reage à realidade. Essa possibilidade de dar novos sentidos a experiências dolorosas, angústias, somatizações e compulsões contribuem para a saúde mental e uma vida com mais qualidade.

Terapia Cognitivo-comportamental
A TCC é uma terapia focada no presente que visa alcançar qualidade de vida, saúde mental e resolução de problemas. Ela compreende que a maneira como pensamos e interpretamos a vida afeta diretamente a nossa forma de viver, agir e sentir, as quais são únicas para cada indivíduo. Para isso, procura entender de que forma ocorrem essas interpretações do mundo, dos outros, do futuro e de nós mesmos. A TCC se baseia na ideia de que pensamentos, sentimentos, sensações e ações de uma pessoa estão interligados, e que se eles forem de natureza negativa ou nociva para a mente, podem acabar aprisionando o indivíduo em um padrão disfuncional de interpretação das situações, provocando prejuízos em diversas esferas da vida (relações interpessoais, vida profissional, relação consigo mesmo, entre outros). Para essa linha teórica, a intenção é psicoeducar o paciente sobre seu próprio modelo cognitivo, para que a longo prazo ele possa entender como sua mente age e quais habilidades interpessoais ele pode usar em cada situação. Segundo o psicólogo Iarsan Salah, especialista em terapia cognitivo-comportamental, terapeuta e paciente devem construir objetivos em conjunto para trabalhar aquilo que interfere e gera prejuízo na vida do paciente, usando da sua visão de mundo como base para o tratamento e visando a alta terapêutica.

Qual o primeiro passo para começar a terapia?  

Mesmo com suas diferenças de conceitos e técnicas, todas essas abordagens têm o mesmo objetivo: cuidar da saúde mental do paciente e ajudar na compreensão e resolução de seus conflitos. Apesar disso, para que o tratamento corresponda às expectativas e seja bem-sucedido, é importante encontrar um psicólogo e uma abordagem psicoterápica com a qual você se identifique. Muitas vezes essa não é uma escolha fácil: várias dúvidas surgem no caminho, e geralmente não temos com quem conversar para ajudar a pensar nas possibilidades de tratamento.

Pensando nisso, a Clinicar Psicologia oferece o recurso de primeira consulta terapêutica, que ajuda a identificar qual a abordagem mais indicada para seu jeito de ser, suas questões emocionais e o momento de vida atual. Assim, o processo de escolha da psicoterapia e do psicólogo ficam mais simples e, a partir daí, a experiência fica mais leve.

Para saber mais, clique aqui!  

Referências:

GOMES, Lauren Beltrão et al. As origens do pensamento sistêmico: das partes para o todo. Pensando fam., Porto Alegre, v. 18, n. 2, p. 3-16, dez.  2014. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2014000200002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 17 mar.  2021.

RAYPOLE, Crystal. How Cognitive Behavioral Therapy Can Rewire Your ThoughtsDisponível em:https://www.healthline.com/health/cognitive-behavioral-therapy

NHS. Overview – Cognitive behavioural therapy (CBT) Disponível em: https://www.nhs.uk/mental-health/talking-therapies-medicine-treatments/talking-therapies-and-counselling/cognitive-behavioural-therapy-cbt/overview/

CORDIOLI, Aristides Volpato. Psicoterapias: abordagens atuais.

APA.ORG. What Is Cognitive Behavioral Therapy? Disponível em: https://www.apa.org/ptsd-guideline/patients-and-families/cognitive-behavioral

DAVIS, Kathleen. How does cognitive behavioral therapy work? Disponível em: https://www.medicalnewstoday.com/articles/296579

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